domingo, 27 de outubro de 2013

morphosis ou inventário das fichas q caem

Essa semana em especial caiu uma fichona!



Vivemos de fato uma grande fase de mundanças. 

E viva Gil: "o eterno deus mú dança" Rei do trocadalho!








 Experimento isso tudo nas dimensões coletiva e individual.













Essa aqui é a Jabúti. Segue firme e forte me oferecendo sua sombra e umas florezinhas insinuantes!




sábado, 10 de agosto de 2013

não tenho caninos superiores

No bonja tem o seo Pedro. Mora ali nas ruas, numa calçada onde consegue juntar sua montanha de papelões. Nesses dias de frio ele deve sofrer. Na chuva então complica mais. Sorte do seo Pedro q aqui em prudentópolis n chove muito.
Aqui no bosque tem o cara q mora numa belina (é isso ai, o carro Belina da Ford) ali no estacionamento em frente à Liane.




Em minha adolescência, por um tpo, andamos numa belina q meu pai usava. Não era bem dele, era o q na época chamava-se "cabrita". Pois é, lembro claramente de uma vez em q fomos pra uma compra no Jumbo (??) ali na JK... acho q tinha um mercadão, tipo o Jumbo, ali em frente àquele hospital infantil, perto do Vicentão. O fato é q voltei fascinado com o disco Thriller do Michael Jackson. Havia acabado de ser lançado e eu conseguira compra-lo la no mercado. Quer dizer, meu pai havia me dado. Me lembro mto bem das luzes da cidade batendo na capa do vinil q eu n largava. Naquela noite chegamos em casa e eu fui direto ao 3 em 1 (o toca discos) pra colocar o michael pra cantar... ai, buffff cabou a luz.  Puta q o pariu... eu tava esperando um puta tempo pra ter aquele disco... meu pai nunca tinha grana pra me comprar discos assim. E bem naquele dia q eu iria ouvir o disco todo, me acabou a luz!! 
O mais maluco foi q eu n me rendi. Rodei o disco na mão, grudei a orelha ali e ouvi aquela merreca mesmo! 

fico pensando um tanto nesses moradores de rua. 

O cara adaptou mesmo a belinoca pra morar. Incrível q mesmo produzindo riquezas como o fazemos, ainda tenhamos a capacidade de deixar gente passando frio ali ao lado. N era pro Estado fazer algo? Não é São Paulo aqui? Não somos o estado mais rico dessa meganha de país?




segunda-feira, 8 de julho de 2013

Amanhã faz 71 anos que meu avô vestiu esse capacete!






e foi pra rua c um fuzil na mão!

q tempos eram aqueles?!


e q tempo vivemos hj?!






só p ilustrar... Era uma vez num país muito, muito distante, uma noite em que fomos ao show de  um puta acordeonista, professor em Tatuir... T. Ferragutti... num "salão nobre" de um prudencolégio (isso mesmo, salão nobre)
um evento produzido pela sec de cult...  enfim, antes do show do Toninho houve a continuação de um evento de m instrumental (uma espécie de concurso), uns guris daqui de prudente tocaram. Ok, blz até ai. O segundo grupo era formado pelos mesmos guris e uma menina q iria cantar (isso mesmo era uma parada m instrumental, mas a guria ia cantar...)  Blz ai tbm...
Até q ela pegou o mic (o mesmo mic usado p a apresentação do evento!! (um mic sem fio plugado num cubo de guitarra (????)). Assim q a guria começou a cantar, pzzzzzzzzzzzzzzzzzz o mic falhou. ai rolou aquele climão entre a cantora e o microfone, mas ele nada.. até q o exec resolveu  se mexer, em pessoa,  foi la e pegou o microfone da cantora... enquanto ela cantava!!!.   Foi para a coxia, e começou fazer uns testes no falecido microfone. Isso tudo enquanto a cantora esgoelava e a banda, portando-se muuuuito bem, segurou a onda p n encobrir a garota q tinha a hercúlea tarefa de cantar bossa nova, acompanhada de guitarra baixo e bateria  e sem microfone... ah, o mic estava sendo testado, tipo com aqueles tapinhas q se  dá no infeliz p ver se está funcionando. Mas no meio da música????
Enfim, foram 3 músicas nas quais isso aconteceu, além de um  batepapo entre o próprio exec e a cantora no palco, ao menos ele esperou o intervalo entre uma música e  outra. No fim o executivo deu de ombros dizendo q com ele o mic funcionava, mas c a cantora!? sei lá!!!!!!!! milhões de exclamações! 


Enfim, triste situação da Cultura desse país distante.  E  fazemos o q? Eu sinceramente sigo dando minhas aulinhas e fazendo o melhor q posso em minha mediocridade  acomodada.

Agora, toda vez q falo com o seo Pedro aqui na esquina, sim, o Seo Pedro é um morador de rua daqueles q acumula cafofos nas calçadas, pra dormir e pra  vender qdo acumula bastante material reciclável. Enfim, o Seo Pedro qdo vai comprar o fumo dele, ou o café, ou o salgado ali no posto, paga impostos, pro estado, e o estado da dinheiro ao município, e o município faz o que com esse dinheiro?  Com o dinheiro do Seo Pedro q dorme ali na  calçada ao lado de casa??????


O projeto q veio pra ca, deveria ter tido um debate, um concurso e um show!!! O show foi incrível. Não  fosse o fato de q o músico incrível q é Ferragutti ter q ligar seu acordeon em um cubo pra guitarra????????????????????? O concurso deve ter atingido o objetivo  de fomentar os grupos de m instrumental. E o debate... uma pena. Fomos em 4 pessoas e os músicos e organização preferiram abortar a idéia pq não havia quorum pra discutir Educação Musical nos dias de Hoje! 

É estamos no começo de um trabalho q tem muito pra ser feito!!! Por mais q muitos ja tenham feito muito.

Como é q  nosso executivo não dispõe de uma mínima estrutura para apresentações musicais sequer de pequeno porte como essa??? Era chamado um Pocket-show!!!! Nem isso?????!!!!!!!!!!!!

Não são as pessoas o problema, não é a pessoa q está a frente, nenhuma delas, mas como é q chegamos nesse ponto? como é q vamos continuar assim??


As vzs da vontade de colocar o capacete do meu avô!
Mas minha mediocridade não me deixa  sequer sair do  estúdio c ele...



quinta-feira, 27 de junho de 2013

junho 2013

A tese está com a revisora,

volto à minha baixa historiografia...

De alguma forma parece q estamos chegando a um momento em que as pessoas decidiram clamar por direitos individuais. E esse clamor passa, sem dúvidas, por posições coletivas. Os movimentos sociais não são uma invenção contemporânea, como a internet ou as redes sociais virtuais. Uma leitura rápida de Hobsbawm vai clarear as ideias de quem pretende entender melhor isso tudo. 

No Brasil o MST e um ou outro movimento vem sendo o que restou de tais movimentos nos anos 00. O movimento Passe Livre também tem sido um desses agentes de organização e mobilização social no país todo na última década. No entanto, as lutas por direitos como união civil homoafetiva, aborto e liberdade feminina (marcha das vadias), legalização da maconha, entre outras propondo mudanças pontuais na organização social, têm gerado manifestações que crescem no país e no mundo, há cerca de dez anos.

Em uma primeira reflexão sobre os movimentos de junho de 13 parece que houve um grande encontro das demandas sociais, que emergiu e emerge nessas manifestações populares por todo o país. Fato q isso é inédito. Fato também q não se sabe pra onde isso vai. Fato, ainda, q é necessário pensar sobre o q ocorre. Não acho q as manifestações desse ano irão de fato mudar o país. Somos um país em construção. No fim, penso mesmo q se isso não muda tudo, ao menos informa o nosso crescimento. Seremos sim um país um tanto diferente após esse junho de 2013. Agora se isso se sustenta é q são elas.

Sinto um pouco o peso de meus mais de 15 anos de docência. Sinto também um tantinho de ânimo de ver ex-alunos tocando a vida de forma tão bonita. Sinto tbm um tanto de ânimo c as manifestações sociais no país... falo tanto disso nas aulas! Enfim, acho q o email da revisora chegou...




domingo, 26 de maio de 2013

virou?

10 milhões é uma boa grana!

Foi o valor total da virada cultural paulista 2013 segundo o Valor Econômico. Eles só não informam se foi o valor pro estado todo ou só pra cidade de SP. De qqer maneira fiquei aqui pensando quanta coisa não dava pra fazer com o mesmo montante de dinheiro! 

Seria um bom exercício pra alguém que pensa um dia operar em cargos públicos gerindo essa ou outra quantidade de dinheiro. Nunca tive o ânimo de tal exercício, mas ja fiz cálculos pra montar uma orquestra sinfônica uma vez, lá em Maringába. E me lembro de longe que chegamos a valores realistas em torno de um milhão por ano pra manter uma orquestrinha com cerca de 35 músicos e mais 5 técnicos, ou algo assim. Ou seja, Por baixo essa grana ai, dava pra manter dez dessas orquestras com salariozinho de cerca de R$ 1.000,00 por mês registrado e tals. Claro é um salário de fome. Mas há algo parecido com isso hoje?

E ai eu me animo em fazer as perguntas que vêm na sequência... o que vale mais a pena pra um estado, criar e manter essas dez orquestras em dez regiões do estado mais rico do país, ou fazer um monte de shows em um monte de cidade em um único fim de semana? E depois da "virada"? Viramos o que?
Outra coisa fica estranhíssima, um estado que investe (pq com a estrutura que o projeto guri recebe do poder público se não é investimento é o que?) o que investe num projeto social de uma ong como é o projeto guri prefere apoiar idéias como a virada cultural do que projetos como orquestras em regiões do estado?? E o que fazer com as crianças do guri quando não forem mais guris? Onde vão trabalhar?
Não estou deizendo q o estado deva lhe prover emprego, em absoluto. Mas o estado poderia investir o dinheiro da festa do fim de semana n parque em algo mais útil para a estruturação e consolidação da cadeia produtiva de música e cultura!

De qqer maneira, enqto n temos outra coisa fui la né.. ver Anelis e o Nasi.






quinta-feira, 23 de maio de 2013

F. Dürrenmatt

A velha senhora chegou enfim! Não esperamos mais Godot! E ela nos deu conceito máximo! WOW!
A minha ficha ainda não caiu!




Vamos lá, vou tentar sumarizar as coisas até aqui em minha carreira...

Aos 23 anos me graduei em música na UEL (primeira turma do curso de licenciatura - 1997). Aos 24 cursava especialização em filosofia na UEL e comecei dar aulas nessa universidade no curso de Música. Tive dois anos tumultuados e em 2000 passei no mestrado na UNESP em Filosofia da Mente e Ciência Cognitiva na UNESP - Marília. Nesse mesmo ano saí da UEL - não me efetivaram depois do estágio probatório após diversos (seis!!!) processos administrativos, um mais absurdo que o outro, as mais baixas fraudes para simplesmente me limarem de lá, porque segundo uma colega eu destoava do departamento. No fim depois de muitas e doloridas mentiras eu estava fora. Mas tinha meu mestrado, minha vida pela frente! Defendi minha dissertação em maio de 2002 e logo no segiundo semestre desse ano eu havia passado no concurso temporário da UEM. Em Maringá formamos um grupo muito especial. Até que pouco antes do fim de meu contrato fui demitido SEM justa causa o q me rendeu uma boa grana e muita revolta com a falcatrua instituída no serviço público cooptado  por uma bando em cada canto desse país! Precisava passar um tempo no colégio. Foram 4 anos e meio que me renderam uma síndrome do pânico e muito, muito conhecimento sobre educação! Nesse tempo tenebroso meu amigo Zé me apresenta Presidente Prudente! Daí pra frente esse blog conta essa história o melhor q eu posso!

Aí chega um momento crucial. Minha primeira avaliação enquanto professor de um curso, feita pelo MEC! E tcharan... tiramos nota máxima! E um curso do qual me sinto parte! parte integrante desde ao menos 4 anos antes dele começar! E não cheguei aqui por acaso!!! Não mesmo!!! Esse curso está em minha vida há pelo menos dez anos! E, incríve essa sensação!, estou realizado profissionalmente! Acho q pela primeira vez na vida! Na federal estive de certa forma perto de uma realização financeira, mas aqui... ao menos depois dessa avaliação, sinceramente, depois de 15 anos trabalhando em diferentes cursos de graduação, recebo junto de meus colegas a nota máxima da avaliação do MEC!

Tenho sim auto-crítica sei q estamos ainda longe do que pretendemos como ideal! Mas, no contexto do país sei que estamos mesmo à frente, sem nenhum medo de ser acusado de ausência de modéstia!


Enfim, sou muito grato a todos os meus colegas e coordenador! Temos uma rodovia pela frente!

domingo, 12 de maio de 2013

crença e descrença


Assisti ontem o tal "as aventuras de pi". E  me sinto forçado a dizer q aquele argumento da crença é realmente um dos melhores com o qual eu já me deparei. é pragmático num tanto! entre crer e não crer qual o problema em escolher a crença se ela alivia e faz a vida mais feliz? E o personagem não dispensava crença nenhuma... crê em tudo, mesmo q pareça ilógico e paradoxal (a crença em si é ilógica). Então não se trata de buscar lógica e razão. pois está mto bem até ai. Incrível, linda e extremamente atraente pra mim sua postura panteísta!!

Porém a descrença em uma possibilidade metafísica me atrai mais... mesmo sem acreditar em outra coisa além de tudo isso q aparece frente a meu nariz, meus ouvidos e olhos, pele e esse monte de gordura com um pouquinho de carne que se articula pra se manter vivo, enquanto vive o q Uexküll chama da composição de um contraponto contínuo com a natureza, ou o que Maturana chama de acoplamento estrutural, ja acho tudo isso demais pra acreditar e experimentar, acima de acreditar ou não. Crença parece mesmo um mecanismo de busca de segurança para ir em frente... mas é o único?

Assim de qqer modo me considero completamente ignorante frente as coisas de crença e descrença... e se prefiro o caminho da descrença é porque  não quero ser arrogante e achar q eu sei de alguma verdade superiora. mal sei do meu próprio nariz, dos cheiros q ele me apresenta... dos ruidos que minhas orelhas buscam no mundão véio sem porteira...




E de alguma forma sinto algo parecido pelo expressado pelo comportamento do personagem no filme. Aquele assemelhar-se com a natureza... que também se encontra no comportamento de sidharta sob a árvore. de se sentir parte de algo mto maior que meus limites da pele. Não tenho a menor dúvida ou problema em entender que eu sou nesse cantil V.O. aqui à minha direita há 17 anos. Sou a caneca ao meu lado, sou esse amplificador aqui pelo qual escuto música nos últimos 11 anos pelo menos, sou esse par de monitores com cabos Jamo nos quais meu amplier fala há mais de 11 anos tbm... Sou por meio das máquinas às quais me acolplo durante minha história de ser. Esse conjunto de cirquitos eletrônicos produzidos pela Apple faz parte de mim já há 2 anos. Enfim é mto claro que eu sou no mundo por meio do qual sou. E aí por isso é bastante difícil e ao mesmo tempo importantíssimo levar em consideração o desapego dessa materialidade, dessa cristalização que a consciência, que o acoplamento e a consciência desse acoplamento faz por possibilitar.

E voltando ao filme, ou melhor, ao argumento sedutor apresentado ali, é de certa forma o mesmo apresentado na série de curtas "Amazing Stories" do Spilberg... e em tantas outras situações artísticas ou não que minha famigerada memória de formiga não permite lembrar.