domingo, 12 de maio de 2013

crença e descrença


Assisti ontem o tal "as aventuras de pi". E  me sinto forçado a dizer q aquele argumento da crença é realmente um dos melhores com o qual eu já me deparei. é pragmático num tanto! entre crer e não crer qual o problema em escolher a crença se ela alivia e faz a vida mais feliz? E o personagem não dispensava crença nenhuma... crê em tudo, mesmo q pareça ilógico e paradoxal (a crença em si é ilógica). Então não se trata de buscar lógica e razão. pois está mto bem até ai. Incrível, linda e extremamente atraente pra mim sua postura panteísta!!

Porém a descrença em uma possibilidade metafísica me atrai mais... mesmo sem acreditar em outra coisa além de tudo isso q aparece frente a meu nariz, meus ouvidos e olhos, pele e esse monte de gordura com um pouquinho de carne que se articula pra se manter vivo, enquanto vive o q Uexküll chama da composição de um contraponto contínuo com a natureza, ou o que Maturana chama de acoplamento estrutural, ja acho tudo isso demais pra acreditar e experimentar, acima de acreditar ou não. Crença parece mesmo um mecanismo de busca de segurança para ir em frente... mas é o único?

Assim de qqer modo me considero completamente ignorante frente as coisas de crença e descrença... e se prefiro o caminho da descrença é porque  não quero ser arrogante e achar q eu sei de alguma verdade superiora. mal sei do meu próprio nariz, dos cheiros q ele me apresenta... dos ruidos que minhas orelhas buscam no mundão véio sem porteira...




E de alguma forma sinto algo parecido pelo expressado pelo comportamento do personagem no filme. Aquele assemelhar-se com a natureza... que também se encontra no comportamento de sidharta sob a árvore. de se sentir parte de algo mto maior que meus limites da pele. Não tenho a menor dúvida ou problema em entender que eu sou nesse cantil V.O. aqui à minha direita há 17 anos. Sou a caneca ao meu lado, sou esse amplificador aqui pelo qual escuto música nos últimos 11 anos pelo menos, sou esse par de monitores com cabos Jamo nos quais meu amplier fala há mais de 11 anos tbm... Sou por meio das máquinas às quais me acolplo durante minha história de ser. Esse conjunto de cirquitos eletrônicos produzidos pela Apple faz parte de mim já há 2 anos. Enfim é mto claro que eu sou no mundo por meio do qual sou. E aí por isso é bastante difícil e ao mesmo tempo importantíssimo levar em consideração o desapego dessa materialidade, dessa cristalização que a consciência, que o acoplamento e a consciência desse acoplamento faz por possibilitar.

E voltando ao filme, ou melhor, ao argumento sedutor apresentado ali, é de certa forma o mesmo apresentado na série de curtas "Amazing Stories" do Spilberg... e em tantas outras situações artísticas ou não que minha famigerada memória de formiga não permite lembrar.



Um comentário:

Lemos... disse...

"Assim de qqer modo me considero completamente ignorante frente as coisas de crença e descrença... e se prefiro o caminho da descrença é porque não quero ser arrogante e achar q eu sei de alguma verdade superiora".

Por aí mesmo, mas...

Crer parece-me muita "forçação de barra"...

Você é o segundo "ateu" (rs, negativo, creio) que menciona esse filme... não vi, pareceu-me boring e com muita masturbação de simbolismos e "conspiracionismos" (além de dar margem para a groselha aparentemente)... MAS (!)

Como uma autoridade falou,rs...

hwhhwhahahhah

Vê-lo-ei algum dia.

[Comentário aleatório: Estou lendo Cândido do Voltaire, tô achando divertido e fácil... digamos que é rápido, o prazer...]