domingo, 26 de maio de 2013

virou?

10 milhões é uma boa grana!

Foi o valor total da virada cultural paulista 2013 segundo o Valor Econômico. Eles só não informam se foi o valor pro estado todo ou só pra cidade de SP. De qqer maneira fiquei aqui pensando quanta coisa não dava pra fazer com o mesmo montante de dinheiro! 

Seria um bom exercício pra alguém que pensa um dia operar em cargos públicos gerindo essa ou outra quantidade de dinheiro. Nunca tive o ânimo de tal exercício, mas ja fiz cálculos pra montar uma orquestra sinfônica uma vez, lá em Maringába. E me lembro de longe que chegamos a valores realistas em torno de um milhão por ano pra manter uma orquestrinha com cerca de 35 músicos e mais 5 técnicos, ou algo assim. Ou seja, Por baixo essa grana ai, dava pra manter dez dessas orquestras com salariozinho de cerca de R$ 1.000,00 por mês registrado e tals. Claro é um salário de fome. Mas há algo parecido com isso hoje?

E ai eu me animo em fazer as perguntas que vêm na sequência... o que vale mais a pena pra um estado, criar e manter essas dez orquestras em dez regiões do estado mais rico do país, ou fazer um monte de shows em um monte de cidade em um único fim de semana? E depois da "virada"? Viramos o que?
Outra coisa fica estranhíssima, um estado que investe (pq com a estrutura que o projeto guri recebe do poder público se não é investimento é o que?) o que investe num projeto social de uma ong como é o projeto guri prefere apoiar idéias como a virada cultural do que projetos como orquestras em regiões do estado?? E o que fazer com as crianças do guri quando não forem mais guris? Onde vão trabalhar?
Não estou deizendo q o estado deva lhe prover emprego, em absoluto. Mas o estado poderia investir o dinheiro da festa do fim de semana n parque em algo mais útil para a estruturação e consolidação da cadeia produtiva de música e cultura!

De qqer maneira, enqto n temos outra coisa fui la né.. ver Anelis e o Nasi.






quinta-feira, 23 de maio de 2013

F. Dürrenmatt

A velha senhora chegou enfim! Não esperamos mais Godot! E ela nos deu conceito máximo! WOW!
A minha ficha ainda não caiu!




Vamos lá, vou tentar sumarizar as coisas até aqui em minha carreira...

Aos 23 anos me graduei em música na UEL (primeira turma do curso de licenciatura - 1997). Aos 24 cursava especialização em filosofia na UEL e comecei dar aulas nessa universidade no curso de Música. Tive dois anos tumultuados e em 2000 passei no mestrado na UNESP em Filosofia da Mente e Ciência Cognitiva na UNESP - Marília. Nesse mesmo ano saí da UEL - não me efetivaram depois do estágio probatório após diversos (seis!!!) processos administrativos, um mais absurdo que o outro, as mais baixas fraudes para simplesmente me limarem de lá, porque segundo uma colega eu destoava do departamento. No fim depois de muitas e doloridas mentiras eu estava fora. Mas tinha meu mestrado, minha vida pela frente! Defendi minha dissertação em maio de 2002 e logo no segiundo semestre desse ano eu havia passado no concurso temporário da UEM. Em Maringá formamos um grupo muito especial. Até que pouco antes do fim de meu contrato fui demitido SEM justa causa o q me rendeu uma boa grana e muita revolta com a falcatrua instituída no serviço público cooptado  por uma bando em cada canto desse país! Precisava passar um tempo no colégio. Foram 4 anos e meio que me renderam uma síndrome do pânico e muito, muito conhecimento sobre educação! Nesse tempo tenebroso meu amigo Zé me apresenta Presidente Prudente! Daí pra frente esse blog conta essa história o melhor q eu posso!

Aí chega um momento crucial. Minha primeira avaliação enquanto professor de um curso, feita pelo MEC! E tcharan... tiramos nota máxima! E um curso do qual me sinto parte! parte integrante desde ao menos 4 anos antes dele começar! E não cheguei aqui por acaso!!! Não mesmo!!! Esse curso está em minha vida há pelo menos dez anos! E, incríve essa sensação!, estou realizado profissionalmente! Acho q pela primeira vez na vida! Na federal estive de certa forma perto de uma realização financeira, mas aqui... ao menos depois dessa avaliação, sinceramente, depois de 15 anos trabalhando em diferentes cursos de graduação, recebo junto de meus colegas a nota máxima da avaliação do MEC!

Tenho sim auto-crítica sei q estamos ainda longe do que pretendemos como ideal! Mas, no contexto do país sei que estamos mesmo à frente, sem nenhum medo de ser acusado de ausência de modéstia!


Enfim, sou muito grato a todos os meus colegas e coordenador! Temos uma rodovia pela frente!

domingo, 12 de maio de 2013

crença e descrença


Assisti ontem o tal "as aventuras de pi". E  me sinto forçado a dizer q aquele argumento da crença é realmente um dos melhores com o qual eu já me deparei. é pragmático num tanto! entre crer e não crer qual o problema em escolher a crença se ela alivia e faz a vida mais feliz? E o personagem não dispensava crença nenhuma... crê em tudo, mesmo q pareça ilógico e paradoxal (a crença em si é ilógica). Então não se trata de buscar lógica e razão. pois está mto bem até ai. Incrível, linda e extremamente atraente pra mim sua postura panteísta!!

Porém a descrença em uma possibilidade metafísica me atrai mais... mesmo sem acreditar em outra coisa além de tudo isso q aparece frente a meu nariz, meus ouvidos e olhos, pele e esse monte de gordura com um pouquinho de carne que se articula pra se manter vivo, enquanto vive o q Uexküll chama da composição de um contraponto contínuo com a natureza, ou o que Maturana chama de acoplamento estrutural, ja acho tudo isso demais pra acreditar e experimentar, acima de acreditar ou não. Crença parece mesmo um mecanismo de busca de segurança para ir em frente... mas é o único?

Assim de qqer modo me considero completamente ignorante frente as coisas de crença e descrença... e se prefiro o caminho da descrença é porque  não quero ser arrogante e achar q eu sei de alguma verdade superiora. mal sei do meu próprio nariz, dos cheiros q ele me apresenta... dos ruidos que minhas orelhas buscam no mundão véio sem porteira...




E de alguma forma sinto algo parecido pelo expressado pelo comportamento do personagem no filme. Aquele assemelhar-se com a natureza... que também se encontra no comportamento de sidharta sob a árvore. de se sentir parte de algo mto maior que meus limites da pele. Não tenho a menor dúvida ou problema em entender que eu sou nesse cantil V.O. aqui à minha direita há 17 anos. Sou a caneca ao meu lado, sou esse amplificador aqui pelo qual escuto música nos últimos 11 anos pelo menos, sou esse par de monitores com cabos Jamo nos quais meu amplier fala há mais de 11 anos tbm... Sou por meio das máquinas às quais me acolplo durante minha história de ser. Esse conjunto de cirquitos eletrônicos produzidos pela Apple faz parte de mim já há 2 anos. Enfim é mto claro que eu sou no mundo por meio do qual sou. E aí por isso é bastante difícil e ao mesmo tempo importantíssimo levar em consideração o desapego dessa materialidade, dessa cristalização que a consciência, que o acoplamento e a consciência desse acoplamento faz por possibilitar.

E voltando ao filme, ou melhor, ao argumento sedutor apresentado ali, é de certa forma o mesmo apresentado na série de curtas "Amazing Stories" do Spilberg... e em tantas outras situações artísticas ou não que minha famigerada memória de formiga não permite lembrar.