terça-feira, 31 de agosto de 2010

São Paulo - uma epécie de Meca pra mim

Não sei bem qdo começou, deve ter sido no início da faculdade, 1993. Sei que em 1996, meio com o saco na lua, muitas dúvidas sobre o q fazer no fim da faculdade, chamei o Ernani e viajamos no meu chevette 1979 pra sampa. Uma semana pra colocar a cabeça no lugar.


fomos na loca. Lembro q saímos depois de um concerto do Neuma, com incensos e tals,
senti uma puta falta da Patrícia. Não sabia bem pq não estávamos juntos... O fato é q em 97 la estava eu novamente e em 98, ja com a Mert de novo (ufa!) e daí pra cá acho mesmo q todo ano acaba rolando ao menos um motivo pra ir pra cidade q não acaba.

Me lembro de muita coisa legal de lá. Há 10 anos atrás estáva indo c o Lô Galbiati (agora pai fresco) pra fazer o som direto e a trilha pro filme do Alex. Depois vieram expomusics da vida e nos últimos anos, aulas pra dar (e calotes pra receber) numa especialização. Pensei q ia ser por ali o máximo q eu ia alcançar na terra da garôa. Dei aulas pra um monte de candidatos a peritos advindos de um monte de lugares legais de sampa. Fiquei num hotel bem legal em todas as vzs e quase recebi td o dinheiro.

Ano passado eu e o pirex fizemos um concerto lá, no ibrasotope (?). Contei num post anterior.

Mas nesse ano a coisa foi   diferente. Fui pra lá pra maior pré-produção q ja fiz até hj. Q envolve minha pesquisa e minhas composições. Minha orientadora, prof. Dra. Diana Domingues, foi convidada pra expor na Mostra TransFronteiras Contemporâneas, que acontecerá  no Memorial da América Latina e fará parte da 29a. Bienal de São Paulo.

Vixe, não esperava trabalhar em uma instalação na Bienal tão cedo! Claro q não sou eu. É a professora Diana. Mas sou do time! estou até o pescoço envolvido!

Quando desci do taxi em frente ao Memorial, qdo atravessei a passarela e vi pela primeira vz aquelas imagens q ja tinha visto tantas vzs na tv, jornal, internet, (   ), enfim, me lembrei da primeira vz q vi van Gogh no MASP, acho q 1995, ou 4?.

Esse ano tem sido especial, toquei (medieval e eletroacústica) em Brasília, agora teremos São Paulo (e é uma Bienal!!) e até o fim do ano Buenos Aires.

É, se as coisas continuarem assim, depois de um longo e tenebroso inverno, devo mesmo conseguir esse doutorado. O legal é q junto dele ainda levo um bom portifólio e mta experiência de produção com equipe e orientadora de primeira!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Abstract of Doctorate Project

BIOCYBRID SOUNDSCAPES: A WAY TO CONTEMPORARY AESTHETICS


PhD candidate: André Luiz Gonçalves de Oliveira
LART – UnB-FGA/Gama.

Advisor: PhD. Diana Domingues
Sênior Professor at Brasília University – UnB.



The soundscape music composition is a kind of artistical work that appeared at the 70th decade. The composers created a new purpose in aesthetics that came to be considered as a new paradigm of the conceptual framework of the music. New concepts of perception offered a support to these advances. The Phenomenology of F.Brentano and E. Husserl are the bases of these novelties from the 19th to 20th century. However, the works of Merleau-Ponty and some of his followers, as F. Varela, H. Maturana, A. Noë and others, from the middle of the XXth century to this time, become the great references for new developments of the perception theory foundations and of the Soundscape study area.

The Phenomenology of Perception, the Ennactionists and Externalists Theories of Cognition and Perception have disposed some concepts that permitted advances toward a new aesthetic possibilities. Some concepts have been used at the context of creative applications in artistical works. The Biocybrid concept (the coupling between body, data-cyberspace and the physical world at the informational level) has demonstrated (in experiential artistical works as "Opened Body Connection", "XIV BIS") an enormous capacity to contribute for a development of technology to create Soundscape Music and others artistic modalities that may be called Biocybrid.

We will work in order to specify a set of procedures characteristics of Biocybrid Soundscapes. It will involve populations of organisms in one ecologic (meta) community and its territorial dynamics, with urban places. For this thesis the frogs will be our focus by its production and wide use of the sounds in its lives. The frog’s sounds are considered as markers of many aspects of the ecosystem life. The soundscape of the environment where the frog populations live will be connected with other places, such as urban physical places and a www sites. In this work we want to transpose and link different environments, in order to stress the relations between them. The urban environments are growing in direction of natural ones. What are happening with the natural soundscapes? What kind dynamical mixture does the growing of urban environments over the natural ones produce? We hope that the soundscapes that emerges from this mix may show to us some features of the relations between the diferent communities in our ecosystem.

As the urban soundscape begins to blend with the natural (not urban) soundscape, populations of different species move yourselves, seeking for better living conditions. This movement have direct influences on the composition of the local soundscape. Thus, if we follow for a certain period of time, the movements of certain populations within the meta-communities of amphibians and frogs, we will draw a map (a sound map) of how these species responds to the advance of urban environments. The soundscapes, composed of the fauna sound events of a region, are taked here as artistical works made trought biological markers on the conditions for sustaining life (for such species) in the ecosystem in question.

This thesis intends to research the development of technology to compose Soundscape Music based on new theories of perception. In this way we can focus on the concept of biocybrid systems envolving ecosystem and communities of frogs, humans and machines working together in a simbiotic way. Then, we’ll make a kind of biocybrid ecological soundscape that emerges from symbiotic relation between the actors named previously.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Impressões Brasílicas, ou os lugares e as pessoas

Qdo era criança ouvia meu pai dizer q Brasília era uma cidade diferente. Muito racional, fria e solitária! Que havia um estranho sufocar pela amplidão dos espaços vazios. Que ela não era feita para as pessoas (homem nú). Enfim... Cresceu comigo uma curiosidade por  aquela cidade!

Fui direcionado pra BSB por uma situação completamente inusitada. Acabei vindo pra Campo Grande e daqui... fazer doc na UnB. Iria então conhecer a capital projetada pelos grandes Oscar Niemeyer e Lucio Costa.

Q cidade incrível! q lugar incrível, q lugares incríveis! e eu ainda não vi nada... apenas dei umas voltinhas de taxi e a pé pela asa norte. Nada mesmo, mas ja deu pra dar água na boca. Não fui pra lugar nenhum, além de um super Bar na 203N (eu acho), q na real é uma Taverna Medieval. Dei uma super sorte pois estava rolando uma festa medieval... toquei flauta, darbak e carron até a mão doer muito. rsrsrsrs há qto tpo n faço isso?! Aliás os produtores da festa (atenciosíssimos), ja entraram em contato pruma próxima!


Aqui em Big Field os dias ja não anoitecem mais às 17:30...

E o q dizer de meus colegas de estudo (doutorandos e pós-douts)? Nível mais alto impossível! Também ainda não encontro palavras pra descrever a prof. D.D. minha orientadora e responsável por minha aventura no planalto central!

Puts pai... sei q temos pontos de vista distintos sobre a racionalidade... mas eu adorei a amplitude de espaço em torno de mim, enquanto atravessava a L2 em direção ao ap do Colina! Eu me extendi nos mais de 6km da asa norte. E nem no vento cortante da noite seca de agosto eu senti frio! Não há frieza nas ruas de Brasília. Há espaço. Espaço pra ação. Qdo se encontra as pessoas nos lugares tudo re-significa. Como qdo encontrei aquelas pessoas no bar medival ou no LART/UnB-Gama!


Estou começando a conhecer BSB e pra falar a verdade, está interessante.

domingo, 1 de agosto de 2010

37th years out of my head # crônicas da vida privada

Nasci no início da década de 1970.
 Início da crise mundial de petróleo. Início de uma segunda época da guerra fria, da segunda década da ditadura de 60, da maturidade e extinção do movimento hippie. Enfim, cada vz mais acho q nasci em um momento de crossfade de uma época anterior para a q vivemos hj.
  
Infância e juventude em Londrina. Uma vida pensada pra ser realizada ali mesmo, não fosse a rapidez com q os conflitos se mostraram insuportáveis.

A maturidade foi se chegando com o início da vida de pós-graduação (período este q ainda não consegui acabar, mas devo resolvê-lo em 4 anos no máximo). O mundo pra fora de londrina começou a se descortinar melhor após uma tentiva frustrada (pelo MEC) de estudar na Open University. Daí veio a vida maringabaense. Um ciclo todo com uma sequencia de esperança, decepção, resignação e perseverança.

Esperança porque fomos pra lá com uma promessa clara de uma vaga efetiva. Alugamos um apto no centro e pensamos, vamos conhecer a cidade. O primeiro ano foi bom. E no segundo, conseguimos inclusive, levar um grupo de colegas de estudo e trabalho. No entanto, antes do fim do segundo ano as coisas ja tinham ido por água abaixo. É uma cilada Roger!. Não havia, nem nunca mais haveria nehuma vaga efetiva para sujeitos como eu lá naquela espelunca!

Decepção por ter acreditado numa situação q ja na primeira vista (Xilofone de Metal!) pareceu pouco consistente. Agora tinhamos amigos e uma briga com a síndica. Ah, também tínhamos o seguro desemprego (400 por 4 meses) o projeto Guri, os nossos pais e algumas idéias malucas como o escritório de perícias, a Uninflama e os quebra-galhos caloteiros como o SUET! Ou seja... picas.

A ida pro colégio foi a saída mais digna (??)ao q tudo indicava. E fomos, resignados como os tais bois no matadouro, imagem um tanto lugar-comum, mas muito adequada à situação. Entretanto, mesmo em meio a toda zona de uma sala de sexta série do E. Fundamental de um colégio público no período vespertino, ou aos arroubos de violência nas salas de periferia no noturno, eu mantinha ligado o botão da pesquisa (principalmente através das manutenção da prática de composição, leituras e publicações).

Teve tbem o episódio da WrONG. Apromum - Associação dos Professores de Música do Mussum. Eita mundão velho sem porteira!, diria meu vô Geraldo. Tinhamos agência de publicidade, banners, 3 grupos musicais, salas de ensaios, escritório em prédio comercial do centro da cidade, contratos com a prefeitura, ops... e o fogo amigo (mui amigo!)nos derrubou de novo!

Então vimos uma luz no fim do túnel com a Unoeste e, coincidentemente, um futuro nesse lado do país! O bom é q as coisas andam pra frente! Foi cerca de um ano entre a preparação para a vinda e a efetiva mudança em Julho de 2009. Aqui estamos! O Phê vai ser adolescente numa capital. UFMS, Big Field... A Mert tem uma orquestra (?) pra tocar e tem algum tpo pra preparar o doc dela tbem. Faz um ano desse novo ciclo q ainda não sei bem onde vai dar. Planos? Vários! e estão em curso! Parece mais promissor que maringaba e é bem mais sólido tbem.

Só uma sequência de fatos pra encerrar e exemplificar um pouco a dinâmica contemporânea: Um dia estou na minha sala e uma colega entra e pergunta a outro colega se tinha mais alguém para apresentar palestra no evento de Arte e Techn. Acabo arrumando uma palestra e um concerto. No dia do evento, conheço uma prof. q dalí dois meses seria minha orientadora do doutorado na UnB! Dá pra acreditar na rapidez das coisas? Do caralho a experiência no Lart/UnB - BSB... sem palavras! uma caminhada q se iniciou com um semestre muito bom e prometendo mais!

Sim, mais, pra ficar só no âmbito da Tecnologia: nessa semana teremos entre nós o compositor e prof. Zampronha (Univers. de Valladolid - Espanha), no mês que vêm teremos o FAT 2.0 com nada menos que Diana Domingues (UnB), Jonatas Manzolli (Unicamp) e Lucia Santaela (Puc/SP). Em setembro terei peças apresentadas aqui em B. Field (FAT 2.0) em BSB (festival de Teatro, IX Arte/IDA-UnB), São Paulo (memorial da A.L. - evento da Bienal de SP) e Buenos Aires (ainda não sei em qual evento!). Nesse novo semestre vamos com disciplina pro doc aqui na UFMS, talvez em BSB e no curso de música com co-orientação de I.C. ... Enfim, correria! ótima correria!